Profissionais com mais de 50 anos apostam no empreendedorismo
09/05/2019
Quase metade dos brasileiros com mais de 50 anos sofre com o preconceito na hora de buscar um emprego. E cada vez mais profissionais nessa faixa etária estão trabalhando por conta própria.
Nada passa despercebido pelo olhar de Rosângela. Tudo que ela fotograva em poucos minutos está na internet. Aos 63 anos ela se tornou uma influenciadora digital.
“Eu sempre gostei de mostrar o belo para as pessoas. Eu sou extremamente otimista feliz, de bem com a vida, e eu queria que eu pudesse compartilhar esse belo com o mundo, para as pessoas”, disse Rosângela Marcondes.
Rosângela faz parte de uma parcela da população que procura saídas para se manter ativa economicamente. Uma pesquisa mostra que quase metade das pessoas com mais de 50 anos que procuram trabalho formal sofrem preconceito por conta de idade. Por isso muitas resolvem empreender.
Neste fim de semana, um festival em São Paulo é voltado para o público que tem acima dos 50 anos de idade.
Logo na entrada, tem um painel onde muitos participantes escreveram uma frase sobre o que é empreender após os 50: “Ter uma vida com mais sentido” ou “Viver os melhores tempos”. Dá para perceber que todas as mensagens têm em comum uma marca: a experiência.
“Essa atitude empreendedora que a gente divulga não é só para negócios, é olhar os novos caminhos pessoais, sociais e comportamentais como atitude empreendedora de abrir novas frentes e, porque não, abrir um negócio”, afirmou o coordenador do evento, Antônio Leitão.
Pedro é um exemplo disso. Aos 68 anos ele se cansou de procurar trabalho e criou uma startup de entregas especiais e só contrata aposentados.
“É impressionante a garra dessa gente ou como eles pegam isso com tanta força, com vontade de mostrar: eu sou útil eu sou bom”, disse Pedro Viana Leitão.
Aos 53 anos, Andréia é uma recém-contratada da startup e já chegou a entregar em um dia 70 encomendas. Ela ganha R$ 5 por pacote, mas diz que não trabalha só por dinheiro.
“Eu continuo ativamente no trabalho porque ficar em casa não é minha praia, então, sair para trabalhar, ser ativa economicamente é essencial. Eu não sei ficar em casa de inteiro”, contou a entregadora Andréia Finarte.
Fonte: Jornal Nacional